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28 de abril de 2017

“Estamos tentando refundar o País”, diz Luís Roberto Barroso


Ministro do Supremo Tribunal Federal diz que protagonismo do Judiciário é circunstancial e não deve se perpetuar

O recente papel que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Poder Judiciário em geral têm tido na democracia brasileira se deve ao enfraquecimento da confiança da população nas instituições, sobretudo no Congresso Nacional. De acordo com o ministro do STF Luís Roberto Barroso, o atual protagonismo da alta corte deve ser circunstancial e, para o pleno funcionamento da democracia, não deve se perpetuar.

“Acho que [o protagonismo do STF] é uma coisa circunstancial e, a longo prazo, indesejável. Acho que uma democracia política é gênero de primeira necessidade e as decisões políticas, como regra geral, devem ser tomadas no Congresso”, afirmou o ministro em entrevista ao UM BRASIL.

De todo modo, Barroso diz que o momento que o País está passando, com revelações sobre corrupção em diversas ações do setor público, deve servir para uma mudança de paradigma.

“Acho que estamos refundando o País. Assim como em 1808 [quando a família real portuguesa se mudou para o Rio de Janeiro] o Brasil começou, acho que estamos tentando refundar um País, ensinando as novas gerações que ser honesto é melhor do que ser desonesto. E que, se for desonesto, vai ter consequências negativas.”

A entrevista faz parte da série “Diálogos que Conectam”, realizada pelo UM BRASIL em parceria com a Brazil Conference – evento realizado anualmente por alunos brasileiros da Harvard University e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Assista à entrevista na íntegra aqui.

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